M A R Ç O

Uau! já é março,e eu que nem sabia nada,comecei este diário,journal,em fevereiro,e escreví bastante.E pretendo continuar.Eu escrevo para manter a mim mesma consciente,para dar vasão aos meus pensamentos,e se alguem me seguir seria ótimo,pois que seus comentários me ajudariam.Hoje lí uma matéria na Folha,de uma psicanalista,comentando um artigo prévio do Pondé,mas ela me pareceu muito shallow.E fiquei pensando,que a maioria dos seres pensantes,se fecham em suas próprias idéias e elas se tornam frozen.Como devem ser seus mundos.Qual será o valor de uma porção de pessoas neste país em desenvolvimento,terem acesso à uma cultura razoável,se esta mesma cultura os fecha em seus próprios mundos?Este é a meu ver o maior problema dessa cultura,deste país chamado Brasil.Tudo é muito pequeno,em contraste ao nosso território,e o que eu disse antes em outro artigo,somos e parece que sempre seremos uma sociedade de colonia,como éramos de fato à 200 anos atraz.Casa grande e senzala.E na cidades grandes,isto é mantido de maneiras bastante sutis,às vezes.O artigo,falava de nos importarmos com o sofrimento histórico(no caso da Alemanha nazista),em referencia à um filme.Meu,é muito fácil escrever(até eu mesma estou fazendo isto!),falar,ver filmes,mas na vida real,nossa brasileira,vivemos em constante aparthaid,ou não?Em São Paulo,a periferia é longe,diferente do Rio,aonde por motivos de falta de território,convive-se mais com o pessoal de outras classes sociais.Mas,aquí acaba-se por conviver também,já que todo tipo de serviço é feito por pessoas de baixa renda que vive nas periferias.E aí vem a raíz maior de nossos problemas:não sabemos como tratar essas pessoas.Sendo este país extremamente machista,inescrupuloso,fica tudo sendo diluído em relações promíscuas,de baixo valor humano,aonde homens e mulheres desempenham papéis de "feitores",aonde o serviço prestado é nivelado muito por baixo.Por outro lado,uma das grandes falhas de nossa cultura,é o sentimento de que "voce me deve muito".Creio que à partir do momento aonde aprendemos a nos relacionar de uma maneira bem mais madura,com respeito em ambas as partes,poder-se a ter e construir uma sociedade mais justa,para começar.Mas quem está interessado nisto?